Veio dentro de uma garrafinha de água mineral, acreditava que não ia vingar, pois sempre acreditei que as plantas não se davam comigo, mas sempre gostei delas. Demorei para plantá-lo. Porém, numa manhã chuvosa,fui lá fora e arrumei um vasinho.
Dias depois ele pôs a cara pra fora, querendo me dizer, que estava a fim de ficar comigo; mas ainda parecia meio adormecido. Como Páris, ele se fez de morto e eu também. Esqueci-me dele de vez e fiquei trancada um bom tempo sem lembrar que tinha alguém querendo me ver.
Em confinamento, sonhei que tinha um belo jardim. Um jardim bem colorido e com tipos variados de flores. Acordei, pulei da cama e nem tomei café. Corri até a varanda dos fundos de casa pra ver como ele estava.
Arquivo pessoal |
Meu pé de manjericão cresceu! Ficou lindo e me mostrou que a vida continua, mesmo que tenhamos que nos trancar, por vezes.
A vida é contínua. Não dá para parar o tempo. Porém, temos que nos esforçar para que essa continuidade nos faça bem, nos traga prazer, alegria e muita sabedoria.
Meu pé de manjericão sobreviveu! Virou-se para luz e tomou coragem para seguir seu ciclo. Um jeito de me mostrar que as coisas nem sempre estão perdidas. Só precisam ser modificadas, só precisam ser vistas por outros ângulos, de outras formas.
Meu pé de manjericão cresceu!
Adriana Reis é jornalista e começa a descobrir entre panelas e temperos uma nova profissão.
Basil: Photo by Lavi Perchik on Unsplash Photo
1 Comentários
Texto saboroso! Gostei.
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