Lúcifer em dose dupla na 5ª temporada

Foto divulgação Netflix com personagens da série Lúcifer

Sexta-feira 21 de agosto, frio de lascar, e meu programa caseiro, por força da quarentena e da chuva, não poderia ser outro: assistir a 5ª temporada de Lúcifer.

Sim, o Tom Ellis é lindo e deu vida a um personagem divertido e provocante, mas não foi apenas por seus belos olhos negros (quando não estão vermelhos flamejantes) que me tornei fã da série.

Logo na primeira temporada – a melhor, para mim - o roteiro me conquistou com a abordagem dos conflitos da relação entre pai e filho. Lúcifer Morningstar não perde uma chance de reclamar e espernear considerando-se injustiçado, incompreendido e perseguido pelo “Pai” celestial.

Anjo caído sim, mas inconformado e em busca de respostas para a forma como ele imagina que o “Pai” ainda interfere em sua vida, manipulando e criando obstáculos às suas escolhas e realizações.

Lúcifer também não se conforma com as benesses e os perdões concedidos aos humanos enquanto ele leva a culpa por tudo de mal que acontece. Esse tópico rende bons momentos de humor inteligente com críticas afiadas à hipocrisia da humanidade. 

O foco do enredo está sempre em problemas muito terrenos; dá pra notar um cuidado na construção do texto para não embarcar na religiosidade e, do meu ponto de vista, os roteiristas têm sucesso nisso.  

Preciso confessar que o gênero policial escolhido para conduzir as histórias também foi um fator importante na decisão de assistir. As boas sérias policiais – dramáticas ou divertidas – são irresistíveis pra mim. 

Por fim, se um já era bom de ver, imagina dois! Já conferi o trailer e a quinta temporada traz o Arcanjo Miguel como irmão gêmeo de Lúcifer. Valeu mesmo Netflix por não permitir que tudo acabasse na terceira temporada.

Quem não assistiu ainda, prepara a pipoca e depois me conta o que achou.

Mulher de cabelos cacheados usando óculos
Maria D´Arc Hoyer é jornalista

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