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| Foto: Canva |
A consultoria App Annie apurou que os brasileiros passaram, em média, 5,4 horas por dia grudados em seus smartphones em 2021. E isso, com base apenas nos aparelhos com sistema Android. Também foi apurado que esse tempo vem crescendo. Em 2019 os celulares roubavam das pessoas 4,1 horas por dia. Os apps campeões de preferência no Brasil são o Whats App e o Tik Tok. Os dados fazem parte do relatório State of Mobile 2022, da App Annie, divulgado no início deste ano.
Em 2021, os aplicativos mais baixados foram Tik Tok, Instagram e Facebook, nessa ordem. Uma boa indicação de que os vídeos curtos reinam absolutos na preferência dos usuários de rede sociais.
Somos o 4° país no mundo em tempo passado nas redes sociais e apps de mensagens. A China lidera o ranking, mas é bom lembrar que o país tem cerca de 6 vezes mais habitantes que o gigante adormecido. E, diante disso, podemos pensar que, se não dorme em berço esplêndido, o gigante caminha aos tropeções por aí completamente distraído, teclando mensagens e compartilhando qualquer post que faça sentido para sua bolha. Das mais inofensivas até as fake news, que tanto mal fazem ao mundo.
Se não bastassem os atrativos dos apps, com suas coletas de dados que os fazem nos entregar cada vez mais do que gostamos de ver, a pandemia de corona vírus trancou o mundo em casa e o uso de tecnologia passou de vilão a herói. Estudo, trabalho, médico e até a “visita semanal” à vovó passaram a ser feitos online. Os smartphones tornaram-se extensões dos braços.
Entramos em um aplicativo para resolver alguma coisa, esbarramos quase sem querer no botão do Instagram e quando nos damos conta estamos há mais de uma hora ‘scrollando’ o feed. As redes sociais são companheiros nas filas que enfrentamos no dia a dia; ajudam a quem deseja fugir de uma reunião de família, mesmo estando de corpo presente e acompanham muita gente até ao banheiro.
Um vício que recebe a atenção de profissionais da área de saúde mental há algum tempo.
Já pensou quanta coisa útil e produtiva é possível realizar se cortarmos apenas pela metade esse tempo médio desperdiçado nas redes sociais? São quase 3 horas, 180 minutos, inteiros que podem ser usados para estudar (mesmo que seja pelo computador), visitar alguém, ler, cozinhar, fazer uma horta no quintal ou no apartamento, pintar, bordar, dormir. Ufa, é muita coisa que deixamos de fazer.
Três dicas para reduzir o tempo gasto nas redes sociais
Claro que são poucas as pessoas que podem abrir mão, totalmente da vida virtual. É nesse ambiente que as empresas contratam, que compramos e vendemos, e, sim, podemos nos manter informados sobre nossos amigos e familiares. Mas se a questão é só lazer, vamos combinar que umas duas horas por dia são mais que suficientes para colocar a fofoca em dia.
E se ainda não se pode falar em fim da pandemia, com o avanço da vacinação as restrições de contato praticamente desapareceram. Com os cuidados básicos de proteção, já é possível ir aonde der na telha e usar o smartphone apenas para registrar o que realmente saltar aos olhos, como os abraços finalmente livres e os sorrisos descobertos. Mas deixa para compartilhar mais tarde, respeitando o horário que você mesmo estabelecer para entrar nas redes.
Se você teve um clique agora e percebeu que está jogando vida real pela tela do celular, veja três dicas para reduzir o tempo que gasta nas redes.
- Escolha duas redes preferidas - se está no mercado profissional, o Linkedin deve ser uma delas - e delete as outras contas. Ou, pelo menos, esconda os botões fora da tela inicial.
- Desative as notificações na tela do celular para não cair em tentação de ‘dar só uma olhadinha’.
- Faça do seu tempo nas redes um prêmio pessoal, ao final de um período produtivo de trabalho ou lazer.
Fácil não é. Mas você pode tentar e mostrar ao seu smartphone quem manda em quem. E nesse tempo de qualidade que você vai ganhar, assista o documentário O Dilema das Redes. Nele há material de sobra para uma boa reflexão sobre esse surpreendente mundo novo, nem tão admirável assim.
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