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| Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil |
A COP 30, realizada de 10 a 21 de novembro deste ano, 2025, reúne 197 países e a União Europeia, signatários da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. A COP - Conferência das Partes - ocorre dessa vez em Belém, capital do Pará, considerada a “porta de de entrada da Amazônia”, sendo a ocasião na qual os signatários, ou partes, discutem e negociam medidas que possam conter os impactos do aquecimento global.
Os países são representados por seus diplomatas nas negociações, mas podem participar também cientistas, sociedade civil e empresas privadas. Esse é o 30° encontro dos signatários para debater a questão, hoje crucial para o futuro da humanidade.
Encontrar soluções que possam reduzir os impactos da ação humana no equilíbrio ambiental e e definir metas a serem cumpridas pelos países, que possam contribuir para essas reduções são os principais objetivos das COPs. Os mais variados temas entram em debate ao longo do evento, como emissões de gases de efeito estufa, transição energética, preservação de florestas e financiamento climático.
Nesses trinta anos de encontros o ‘Acordo de Paris’, resultado da COP em 2015, foi um dos resultados mais expressivos, pelo menos até agora. Com força de lei, o Acordo de Paris, estabelece metas para limitação do aquecimento global. O texto prevê que o esforço conjuto das nações evite que a temperatura média do Planeta Terra não ultrapasse 1,5° C em relação à média da temperatura registrada antes da era industrial. Infelizmente, de acordo com o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, essa meta, atualmente, se tornou impossível de ser atingida.
Mudanças climáticas: quando o Planeta responde com eventos extremos às agressões sofridas pelas ações inconsequentes dos humanos
É raro, senão impossível, encontrar pessoas que não estejam estranhando as mudanças no clima. As estações do ano, anteriormente bem definidas, hoje se misturam provocando confusão até nos ciclos naturais, principalmente no desenvolvimento das plantas. Os agricultores, em especial os pequenos, têm dificuldades para definir as datas de plantio, por exemplo. No calendário de colheitas poucas semanas representam impactos.
Segundo o O IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) são inquestionáveis as evidências de que o aquecimento global é provocado por fatores como o desmatamente desenfreado, a emissão de gases da queima de combustíveis fósseis. O IPCC foi criado pela ONU para reunir e analisar as informações científicas que dão suporte aos debates sobre as questões climáticas.
As altas temperaturas ao atingirem os oceanos contribuem para intensificar eventos extremos como os furações e ciclones que provocam tragédias em prejuízos por onde passam. Isso ocorre porque são os oceanos que absorvem parte significativa do calor e do CO2 da atmosfera e o aumento do calor perturba as correntes oceânicas, responsáveis pela regulação do clima global.
Importante destacar que o Brasil sempre esteve presente, envolvido com esse debate, tendo importantes estudos e cientistas contribuindo para o levantamento de dados que subsidiam o tema. Foi aqui, no Brasil, inclusive que a semente da COP foi plantada, durante a Eco-92, ou Rio 92. Na ocasião, foi assinada a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima; o primeiro tratado internacional em que diversos países se comprometeram a buscar a estabilização das emissões dos gases do efeito estufa. Três anos depois, em Berlim, na Alemanha, a primeira COP foi realizada.
Referências: https://belem10.org/ e https://agenciabrasil.ebc.com.br/


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